quinta-feira, 17 de junho de 2010

Estréia do R&D Metal

Alto nível marcou a estréia do R&D Metal

* Paloma Miranda e Carlos Ribeiro


A noite fria do primeiro sábado de junho, no meio de um feriadão, não intimidou muito os amantes do som pesado e a galera compareceu ao 1º R&D Metal, realizado dia 05 de junho na Planet Music. A casa reuniu oito bandas que esquentaram o ambiente com som de qualidade e muito bate-cabeça, a base de estilos como hard, trash, death e heavy metal.


A abertura do evento ficou por conta da Centuriah, que interpretou clássicos do hard rock, como Whitesnake e Deep Purple, entre outros, fechando a apresentação com Detroit Rock City, do Kiss. A Martini Machine, banda com influências de grupos como AC/DC, Gotthard, Iron Maiden e The Darkness, subiu ao palco com muito gás e simpatia, levantando a galera com composições próprias — Kill My Bees, Drop of Water — e covers de Motley Crue, Gotthard e Velvet Revolver. Como o Baterista Flavio (Turko) nos contou, a banda faz o que gosta, dá o melhor de si, e assim sente o retorno positivo da galera. O que ficou bem claro durante todo o show.


A terceira banda a se apresentar foi Ocean Soul. Formada em 2004, bem conhecida não só no cenário underground nacional, como também no exterior, já contou com participações de peso em seus trabalhos, a exemplo do guitarrista Kiko Loureiro, do Angra. Quem olha o rostinho meigo e os cachinhos avermelhados da vocalista Andrea Pietro não imagina a força que a menina tem em cima do palco e, como ela mesma diz, “isso faz o diferencial da banda”, que conserva o rock and roll clássico, ainda que com o vocal feminino.


Após a Ocean Soul, foi a vez de Uníssonus e Vox Mortem comandarem o palco com estilo pesado, muita atitude e espírito underground. Como os rapazes do Hatefulmurder, procuram explorar os dois estilos, death e trash metal, para produzirem um som mais amplo, segundo o vocalista Felipe Lameira. Ele ainda falou sobre o destaque que o cenário trash tem no Brasil e a explosão de bandas norte-americanas, e principalmente alemãs, que influenciam os grupos do gênero.


O Death Mountain subiu ao palco e representou muito bem o heavy metal. O grupo, bastante conhecido, segue a linha do metal melódico, embora tenha dado uma nova roupagem ao seu som, deixando-o um pouco mais pesado. A banda tocou, entre outras músicas, Loneliness, referente a seu próximo trabalho.


E encerrando a noitada com chave de ouro, a banda Santuarium, com o melhor do Metallica, Slayer e Pantera e um discurso afiado com os que defendem mais união e força no underground carioca. “Quem não quiser aplaudir, que vaie, mas queremos ouvir vocês. Apesar do cansaço, todos que estão aqui até agora são foda, e o underground precisa disso,” discursou Gabriel Desartee, vocalista da Santuarium. Banda que retorna à Planet Music, ainda em junho, para se apresentar no evento Palácio do Rock, dia 27.